Desatualização de portal e aplicativo do INSS dão dor de cabeça para empresas e segurados

Os transtornos para os segurados e beneficiários da previdência social são diários e os contratempos aumentam ainda mais com a burocracia do INSS que tem deixado o aplicativo ‘Meu INSS’ desatualizado. O sistema é utilizado para processar dados e informações no Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS).

O CNIS é um banco de dados com as informações de entradas e saídas de empresas, benefícios e contribuições previdenciárias do trabalhador. Com a desatualização do Aplicativo Meu INSS, os segurados esperam por mais tempo para receber benefícios como aposentadoria e auxílio-doença.

DEMORA NA RESPOSTA DO INSS

Para o advogado Rômulo Saraiva, especialista em Direito Previdência, sem atualização do portal do INSS são inevitáveis os prejuízos para os segurados.

“O atraso nas atualizações afetam a análise de carência e qualidade de segurado para todos os benefícios. Como o INSS demora (a fazer a checagem), por falta de servidor, a atualização também é retardada. E nem sempre a sincronização de dados ocorre de forma automatizada. Essa falha ajuda a não reconhecer o direito de quem já o teria”, observa o advogado, em declaração ao Jornal Extra, do Rio de Janeiro.

Segundo, ainda, o advogado Rômulo Saraiva, “essa falha pode frustrar o direito de muita gente, que se abstém de receber um benefício em função de uma contagem errada de tempo, carência ou qualidade de segurado”. A repercussão do problema é maior: além do atraso na liberação de aposentadorias e pensões, por exemplo, todos os serviços que necessitem de contagem de tempo de contribuição podem ser prejudicados.

A coordenadora do Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário (IBDP), Joseane Zanardi, destaca que, para atualizar as informações no CNIS, os segurados devem ligar para a central 135 e informar os tempos que estão em desacordo. “Acertos de dados cadastrais podem ser feitos pelo site: o pedido e a juntada de documentos. Já os de vínculos e remunerações têm que ser requeridos primeiro pelo telefone e depois pelo Meu INSS”, observa Joseane.

Fonte: Ceará Agora