
Adeus a Veríssimo
Gisele Leite
Professora universitária há 3 décadas; Mestre em Direito; Mestre em Filosofia; Doutora em Direito; Pesquisadora – Chefe do Instituto Nacional de Pesquisas Jurídicas; 29 obras jurídicas publicadas; Articulistas dos sites JURID, Lex Magister; Portal Investidura, Letras Jurídicas; Membro do ABDPC – Associação Brasileira do Direito Processual Civil; Pedagoga; Conselheira das Revistas de Direito Civil e Processual, Revista de Direito Trabalho e Processo, Revista de Direito Prática Previdenciária da Paixão Editores – POA – RS
Morre o gigolô das palavras. O notável cronista Luís Fernando Veríssimo, em sua genética já constava a literatura, seu pai Érico Veríssimo que era grande romancista. Era capaz de tratar de temas delicados com a leveza e reflexão necessária. Seu olhar era significativo, tinha colunas em grandes jornais e, começou a escrever em pleno Anos de Chumbo… Morreu aos oitenta e oito anos e sofria com Mal de Parkinson e sequelas de uma AVC (acidente Vascular cerebral).
Fundou uma geração de escritores dotados de humor sagaz que critica nossa realidade e, não deixa de fazer a crítica contundente à história de nosso país. Tinha personagens notáveis como a velhinha de Taubaté, Analista de Bagé e o adorável Ed Mort.
Nunca foi membro da Academia Brasileira de Letras ABL, nem nunca se candidatou ao posto. Algo que também ocorreu com grandes escritores como Monteiro Lobato, Carlos Drummond de Andrade, Clarice Lispector e Graciliano Ramos. Era tradutor, jornalista e músico… Cada vez que uma referência nossa falece, também morremos um pouco… Meus sinceros sentimentos à família e ao Brasil que perdeu a perspicácia do seu olhar…